sábado, 25 de outubro de 2014

"The Cook, the Thief, His Wife & Her Lover "

Ver este filme chocou- me e tocou- me profundamente, sobretudo a forma  macabra, como a história se desenrola.


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 Este filme é uma espiral, onde o pecado reina sobre tudo  e onde surgem as 7 virtudes, tais como castidade, generosidade, temperança, diligência e paciência dando lugar à luxúria, avareza, gula, ira, inveja e soberba.


No começo, surge uma cena em que o cozinheiro, Richard está a depenar, ou seja, a arrancar as penas ao pato e ao longo do filme, mostra diversos patos mortos nas mesas decoradas ou pendurados.
 
O filme concentra-se no restaurante francês e a vida do seu dono que é bastante maléfico.

Houve algumas citações dele que não pude deixar de fazer referência e que é, citando “Não se põe a casca de laranja na borda do prato” e outra “(…)um cozinheiro inteligente faz improváveis misturas como pato e laranja(..) chama-se uma obra de arte”.

Achei interessante estas citações porque falam sobre a laranja que é o meu tema do trabalho e fiquei curiosa pelo hábito de não pôr a sua casca na borda do prato e a outra citação acerca do cozinheiro intrigou-me bastante, pois é a pura verdade, um bom cozinheiro cozinha á sua maneira e improvisa na esperança de obter um bom resultado e o pato com laranja não é algo que surja na mente das todas pessoas naturalmente, é diferente.



Este filme fala de personagem Georgina que é casada com o dono de restaurante que é cruel e terrível e a Georgina apaixona-se por um completo desconhecido que costuma ir ao restaurante do marido dela, então começa um conto do amor lindo, estas duas personagens olham-se atenciosamente, não trocam nenhuma palavra entre elas e ambos comem a comida ao mesmo tempo olham-se um ao outro, que parece que estão partilhar a comida à longe.

O homem maléfico, Albert, fala muito desadequadamente sem ter noção de quais são os assuntos adequados para falar à mesa e este filme mostra muita conversa sobre a comida francesa.

O cozinheiro Richard admira a Georgina pois tem o palato incrível e ele manda lhe os cumprimentos pessoais com pratos especiais.

No decorrer todo do filme, tem muita música clássica a tocar e um das personagens, o moço que lava a loiça que é um miúdo que canta lindamente e tem uma voz impressionante.

Neste restaurante, todas personagens vestem se estranhamente e notei que a mudança de cor do vestuário das personagens e dos respetivos cenários consoante a ação que lá se passava pois reparei que na cozinha, revelava muito verde que significa, a esperança, na casa de banho que é o branco que é puro onde começa o “affair” e sala do jantar que mostra muito o vermelho que indica o pecado.

É um filme não muito comum que revolta, enternece, causa repulsa e apaixona ao mesmo tempo, mas é muito bizarro.
Esse completo desconhecido por quem a Georgina se apaixonou, chama-se Michael, acrescento um detalhe sobre a Georgina: ela fora muito mal tratada e era abusada pelo marido Albert.

Todavia, o cozinheiro referiu um conceito fora interessante sobre os alimentos negros que são aqueles que têm o preço mais alto e isso, porque eles representam a Morte e as pessoas querem “comer” a Morte ou seja, sentir se superior a ele, isto foi algo que me fez entender.


Por fim, o final horripilante chocou -me muito devido ao canibalismo, que é muito forte. Não pude deixar de reparar, que a cena do canibalismo se passa na sala de jantar onde a Georgina com uma arma apontada ao Albert, o obriga a comer o Michael, que estava cozido e preparado para ser comido, reparei que estavam recheados sobre as laranjas. No geral, neste filme, decorrem muitas cenas de patos mortos que estavam pendurados ou deitados sob a mesa, inclusive uma cena, em que os dois amantes aproximam-se da mesa cheia de penas de patos na sala onde estavam pendurados os patos mortos e nus.
 

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