sábado, 24 de janeiro de 2015

25 anos da queda do Muro de Berlim: Uma cidade, um muro e dois mundos



O Muro de Berlim foi uma barreira física construída, durante a Guerra Fria, pela República Democrática Alemã que circulava toda a cidade de Berlim Ocidental, que é a capital, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental. Este muro foi construído a fim de dividir a cidade de Berlim ao meio, ou seja, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos de República Federal da Alemanha e da República Democrática Alemã sob o regime soviético.
“Terrível! Esta fronteira de pedra ergue-se…ofende os que desejam ir para onde lhes aprouver/não para um túmulo de massa/um povo de pensadores”
                                                                           -Volker Braun,1965




Entre os dois muros de construção, chamava se zona de morte, ou seja, obviamente quem atravessava esta zona podia ser abatido, pois havia torres de observação com cães perigosos.
O Muro de Berlim começou a ser derrubado na noite de 9 de Novembro de 1989, depois de 28 anos de existência e desde então começou a ser conhecido como a Queda do Muro.
Antes da queda, houve grandes manifestações em que se exigia a liberdade de viajar e o impulso decisivo para a queda foi um mal-entendido entre o governo da República Democrática Alemã que, com sorte, foi um sucesso por causa de um anúncio com uma parte improvisada.


Na tarde daquele dia, houve uma conferência de imprensa em direto na televisão alemã-oriental, Guenter Schabowski, que acreditou que podia salvar o regime rígido da República Democrática Alemã, um funcionário da Alemanha Oriental que era a porta-voz do Partido Comunista da Alemanha Oriental anunciou que seriam concedidos vistos “sem condições” para viajar ou emigrar para o exterior. "Quando?”, perguntou um jornalista italiano. "Até onde sei, a partir de agora", respondeu Schabowski, depois de pensar por um momento e continuar com sua declaração, que fora aparentemente improvisada e transmitida nos canais de televisão que transmitiam ao vivo.


Pouco depois deste anúncio, houve notícias sobre a abertura do Muro na rádio e na televisão ocidental. Milhares de pessoas marcharam até aos postos da fonteira exigindo a abertura e os guardas sem instruções acabaram por abrir as barreiras.
Foi sorte, porque citando: "O dia 9 de novembro poderia ter terminado num banho de sangue. “Tivemos muita sorte", afirma Schabowski, hoje com 80 anos, lembrando que, na época, era um comunista.
"Não fui um herói que estava a abrir a fronteira, na verdade eu estava a tentar salvar a RDA. A abertura do muro não era humanitária, era sim uma decisão tática adotada sob pressão popular", destaca.
"A existência da RDA estava em jogo. Entre 300 e 500 pessoas fugiram por dia para o exterior. Tínhamos que fazer alguma coisa para recuperar a popularidade". E graças à força da multidão, e aos guardas da fonteira, que não sabiam o que fazer, abriu-se o muro e os cidadãos da RDA foram recebidos, com grande euforia, em Berlim Ocidental. Houve muitas celebrações e as pessoas até cumprimentavam os desconhecidos.
Depois disto, Guenter foi expulso do partido em 1990, justamente por ter desempenhado um papel fundamental na queda do muro. Passados sete anos, foi condenado por ter estado envolvido na morte de cidadãos da Alemanha Oriental, executados a tiro quando atravessavam a zona da morte da fonteira e atualmente, tendo admitido a sua responsabilidade moral, distanciando-se, assim do regime.
Mas este processo importante serviu para a reunificação das duas Alemanhas e para a queda do regime soviético.


Então, a Alemanha celebrou os 25 anos da queda do Muro de Berlim, barreira construída no meio da maior cidade alemã para separar o lado oriental, comunista, do ocidental, capitalista, tendo celebrado com uma grande festa espontânea dos berlinenses naquela noite e tendo sido seguida com estupefação nas televisões de todo o planeta.

O 9 de novembro é, além disso, uma data muito simbólica para os alemães e um momento bastante significativo, em particular, na história mais recente da Europa.

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