O Muro de
Berlim foi uma barreira física construída, durante a Guerra Fria, pela
República Democrática Alemã que circulava toda a cidade de Berlim Ocidental,
que é a capital, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental. Este
muro foi construído a fim de dividir a cidade de Berlim ao meio, ou seja,
simbolizava a divisão do mundo em dois blocos de República Federal da Alemanha
e da República Democrática Alemã sob o regime soviético.
“Terrível! Esta fronteira de pedra ergue-se…ofende
os que desejam ir para onde lhes aprouver/não para um túmulo de massa/um povo
de pensadores”
-Volker
Braun,1965
Entre os dois
muros de construção, chamava se zona de morte, ou seja, obviamente quem atravessava
esta zona podia ser abatido, pois havia torres de observação com cães
perigosos.
O Muro de
Berlim começou a ser derrubado na noite de 9 de Novembro de 1989, depois de 28
anos de existência e desde então começou a ser conhecido como a Queda do Muro.
Antes da queda,
houve grandes manifestações em que se exigia a liberdade de viajar e o impulso
decisivo para a queda foi um mal-entendido entre o governo da República
Democrática Alemã que, com sorte, foi um sucesso por causa de um anúncio com
uma parte improvisada.
Na tarde daquele dia, houve uma
conferência de imprensa em direto na televisão alemã-oriental, Guenter
Schabowski, que acreditou que podia salvar o regime rígido da República
Democrática Alemã, um funcionário da Alemanha Oriental que era a porta-voz do
Partido Comunista da Alemanha Oriental anunciou que seriam concedidos vistos
“sem condições” para viajar ou emigrar para o exterior. "Quando?”, perguntou
um jornalista italiano. "Até onde sei, a partir de agora", respondeu
Schabowski, depois de pensar por um momento e continuar com sua declaração, que
fora aparentemente improvisada e transmitida nos canais de televisão que
transmitiam ao vivo.
Pouco depois deste anúncio, houve notícias sobre a abertura do Muro na
rádio e na televisão ocidental. Milhares de pessoas marcharam até aos postos da
fonteira exigindo a abertura e os guardas sem instruções acabaram por abrir as
barreiras.
Foi sorte,
porque citando: "O dia 9 de novembro poderia ter terminado num banho de
sangue. “Tivemos muita sorte", afirma Schabowski, hoje com 80 anos,
lembrando que, na época, era um comunista.
"Não fui um herói que estava a abrir
a fronteira, na verdade eu estava a tentar salvar a RDA. A abertura do muro não
era humanitária, era sim uma decisão tática adotada sob pressão popular",
destaca.
"A existência da RDA estava em
jogo. Entre 300 e 500 pessoas fugiram por dia para o exterior. Tínhamos que
fazer alguma coisa para recuperar a popularidade". E graças à força da
multidão, e aos guardas da fonteira, que não sabiam o que fazer, abriu-se o muro
e os cidadãos da RDA foram recebidos, com grande euforia, em Berlim Ocidental.
Houve muitas celebrações e as pessoas até cumprimentavam os desconhecidos.
Depois disto, Guenter foi expulso do
partido em 1990, justamente por ter desempenhado um papel fundamental na queda
do muro. Passados sete anos, foi condenado por ter estado envolvido na morte de
cidadãos da Alemanha Oriental, executados a tiro quando atravessavam a zona da
morte da fonteira e atualmente, tendo admitido a sua responsabilidade moral, distanciando-se,
assim do regime.
Mas este processo importante serviu
para a reunificação das duas Alemanhas e para a queda do regime soviético.
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