sábado, 24 de janeiro de 2015

II Encontros de Design de Lisboa || Grande Auditório FBAUL



No dia 13 de Novembro, ocorreram os encontros de Design de Lisboa a fim de proporcionar um espaço de observação, de reflexão e de comunicação das dinâmicas processuais, metodológicas e de investigação do design com o objetivo de contribuir para a consolidação desta atividade projetual, como área de conhecimento e de intervenção, ou seja, dão o espaço para que nós possamos ver, observar e conhecer,  e fazem-nos refletir sobre as questões do design, comunicam-nos e explicitam-nos o ponto de vista, o modo de processar, o método de investigação do design a fim de contribuir para que a atividade projetual fique mais sólida como área de conhecimento e de intervenção.


Sob o tema “com o título de “Documentar | Comentar o Design”, procura explorar os limites documentais do design na tentativa de uma melhor adequação da praxis associada ao ensino/educação e à investigação/ciência, onde o conhecimento em design é protagonista. Documentar é conferir relevância à crítica e ao estudo do design, enquanto fatores de perceção cultural dos artefactos em contexto. Numa época marcada por uma consciência social de cidadania e pela plasticidade dos olhares do designer, documentar é redimensionar o palco onde o design atua.”

 
Na conferência I, às 10h15 com o título de “Mantendo-o aberto” ou seja, “Open Design”, esteve presente a Viviana Narotzky que é presidente da Associação de Design Industrial de Barcelona, em Espanha.
O “Open Design” aproximou-se do senso comum, aberto às abordagens abertas que se exploram em áreas de design, conduzindo à prática individual do design e à criação de plataformas online disponíveis para os processos abertos.
Representam a sobreposição ou seja a composição de designers, programadores, artistas entre outros que sejam as comunidades orientadas para a atividade prática e há muitos valores partilhados, em especial no design. Estas abordagens enfrentam as definições mais tradicionais da profissão, os modelos de negócios baseados em projetos proprietários e de produção em massa e minam a separação entre criador e consumidor, profissional e amador, conforme já foi dito.
Com a sua natureza, pedem uma transmissão clara das informações porque a documentação da prática do design e do processo é fundamental.
No Painel I, Helena Barbosa, que faz parte do departamento de Comunicação da Arte na Universidade de Aveiro, solicita a sua presença para mostrar o conceito ou seja, uma perspetiva sobre o documentar e comentar o design através do cartaz com a ajuda da citação, já referida anteriormente.
A combinação de Documentar e Comentar com o termo design resulta a um nível cheio de possibilidades com abordagens sobre a investigação centrada nesse tema, a variação depende na incidência do registo e na forma como se processa a sua abordagem ao nível do seu estudo.
Com o universo aberto a estas possibilidades, a comunicação tem o fim de ilustrar a importância e o significado destes termos (documentar e comentar) com a forma como estes se ligam nas diversas tipologias de documentação com as suas propriedades, potencialidades e especificidades.
No Painel II, esteve presente José Bártolo da Escola Superior de Artes e Design em Matosinhos e veio falar sobre a construção do arquivo e o suporte documental da História de Design com o título de “The Unknown Designer”, com a tradução “O Designer Desconhecido”.
Esse título quer dizer que a História consiste numa construção interpretativa, que resulta numa historiografia específica e defende que essa historiografia deve ser baseada no conhecimento de arquivos documentais, visto que o arquivo é a base documental desde o trabalho de contextualização, análise e interpretação histórica à forma crítica. A presente comunicação difere e analisa diferentes relações entre história, historiografia e arquivo no design português contemporâneo.
Na Conferência II, Lorenzo Imbesi da Faculdade de Arquitetura Sapienza, Università di roma, Itália apresenta o design para a sociedade pós-industrial. Mostra que a indústria está a viver uma mudança histórica que desempenha um papel fundamental na sociedade e na produção, através da adaptação de novas tecnologias. Com a crise na indústria, o conhecimento e a criatividade tornaram-se as principais forças capazes de gerar valores e inovação.

A revolução tecnológica questiona a forma de produzir, fabricar, distribuir e financiar tudo, de pequenos a grande objetos quotidianos.
O processo de difitalização abre novas portas, novas oportunidades, novos desafios para fazer a revisão do que é a forma, como se produzem para a sociedade ambiental para que seja mais sustentável, socialmente justa e democrática e com as novas gerações de designers que contribuíram para a desindustrialização enquanto experiência, um espaço significativa para auto organização e revelação das novas formas de produção abertas e colaborativas e com o resultado de tal atividade coletiva e grassrooted é a inovação social que mobiliza e indica uma inteligência coletiva e criativa orientadas para a solução de problemas reais, locais e sociais.

 
Por fim, considerei estes encontros bastante educativos e importantes para os designers amadores, que estão a aprender design. Inicialmente, os conteúdos que apresentaram nestes encontros foram muito informativos e conduziram nos a uma reflexão mais racional. Penso que isso é bom pois, refletir permite-nos adquirir mais conhecimentos, colocar mais questões e procurar respostas e aprender cada vez mais.

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