No
dia 13 de Novembro, ocorreram os encontros de Design de Lisboa a fim de
proporcionar um espaço de observação, de reflexão e de comunicação das
dinâmicas processuais, metodológicas e de investigação do design com o objetivo
de contribuir para a consolidação desta atividade projetual, como área de
conhecimento e de intervenção, ou seja, dão o espaço para que nós possamos ver,
observar e conhecer, e fazem-nos refletir
sobre as questões do design, comunicam-nos e explicitam-nos o ponto de vista, o
modo de processar, o método de investigação do design a fim de contribuir para
que a atividade projetual fique mais sólida como área de conhecimento e de
intervenção.
Sob o tema “com o título de “Documentar | Comentar o Design”, procura explorar os limites documentais do design na tentativa de uma melhor adequação da praxis associada ao ensino/educação e à investigação/ciência, onde o conhecimento em design é protagonista. Documentar é conferir relevância à crítica e ao estudo do design, enquanto fatores de perceção cultural dos artefactos em contexto. Numa época marcada por uma consciência social de cidadania e pela plasticidade dos olhares do designer, documentar é redimensionar o palco onde o design atua.”
Na
conferência I, às 10h15 com o título de “Mantendo-o aberto” ou seja, “Open
Design”, esteve presente a Viviana Narotzky que é presidente da Associação de
Design Industrial de Barcelona, em Espanha.
O
“Open Design” aproximou-se do senso comum, aberto às abordagens abertas que se
exploram em áreas de design, conduzindo à prática individual do design e à
criação de plataformas online disponíveis para os processos abertos.
Representam
a sobreposição ou seja a composição de designers, programadores, artistas entre
outros que sejam as comunidades orientadas para a atividade prática e há muitos
valores partilhados, em especial no design. Estas abordagens enfrentam as
definições mais tradicionais da profissão, os modelos de negócios baseados em
projetos proprietários e de produção em massa e minam a separação entre criador
e consumidor, profissional e amador, conforme já foi dito.
Com
a sua natureza, pedem uma transmissão clara das informações porque a
documentação da prática do design e do processo é fundamental.
No
Painel I, Helena Barbosa, que faz parte do departamento de Comunicação da Arte
na Universidade de Aveiro, solicita a sua presença para mostrar o conceito ou
seja, uma perspetiva sobre o documentar e comentar o design através do cartaz
com a ajuda da citação, já referida anteriormente.
A
combinação de Documentar e Comentar com o termo design resulta a um nível cheio
de possibilidades com abordagens sobre a investigação centrada nesse tema, a
variação depende na incidência do registo e na forma como se processa a sua
abordagem ao nível do seu estudo.
Com
o universo aberto a estas possibilidades, a comunicação tem o fim de ilustrar a
importância e o significado destes termos (documentar e comentar) com a forma
como estes se ligam nas diversas tipologias de documentação com as suas
propriedades, potencialidades e especificidades.
No
Painel II, esteve presente José Bártolo da Escola Superior de Artes e Design em
Matosinhos e veio falar sobre a construção do arquivo e o suporte documental da
História de Design com o título de “The Unknown Designer”, com a tradução “O
Designer Desconhecido”.
Esse
título quer dizer que a História consiste numa construção interpretativa, que
resulta numa historiografia específica e defende que essa historiografia deve
ser baseada no conhecimento de arquivos documentais, visto que o arquivo é a
base documental desde o trabalho de contextualização, análise e interpretação
histórica à forma crítica. A presente comunicação difere e analisa diferentes
relações entre história, historiografia e arquivo no design português
contemporâneo.
Na
Conferência II, Lorenzo Imbesi da Faculdade de Arquitetura Sapienza, Università
di roma, Itália apresenta o design para a sociedade pós-industrial. Mostra que
a indústria está a viver uma mudança histórica que desempenha um papel
fundamental na sociedade e na produção, através da adaptação de novas
tecnologias. Com a crise na indústria, o conhecimento e a criatividade
tornaram-se as principais forças capazes de gerar valores e inovação.
A
revolução tecnológica questiona a forma de produzir, fabricar, distribuir e
financiar tudo, de pequenos a grande objetos quotidianos.
O
processo de difitalização abre novas portas, novas oportunidades, novos
desafios para fazer a revisão do que é a forma, como se produzem para a sociedade
ambiental para que seja mais sustentável, socialmente justa e democrática e com
as novas gerações de designers que contribuíram para a desindustrialização
enquanto experiência, um espaço significativa para auto organização e revelação
das novas formas de produção abertas e colaborativas e com o resultado de tal
atividade coletiva e grassrooted é a inovação social que mobiliza e indica uma
inteligência coletiva e criativa orientadas para a solução de problemas reais,
locais e sociais.
Por
fim, considerei estes encontros bastante educativos e importantes para os
designers amadores, que estão a aprender design. Inicialmente, os conteúdos que
apresentaram nestes encontros foram muito informativos e conduziram nos a uma
reflexão mais racional. Penso que isso é bom pois, refletir permite-nos adquirir
mais conhecimentos, colocar mais questões e procurar respostas e aprender cada
vez mais.
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