quarta-feira, 13 de maio de 2015

Texto sobre a identidade do nosso Bairro

Escrevi este texto para manifestar a minha opinião sobre este bairro.



A sua identidade está a perder-se aos poucos e pouco se vê a não ser alguns vestígios das suas características. Ao andar à volta do bairro, vemos, que este está a ser vítima das modernices. Sentimos que a sua identidade se centra na fonte, que permaneceu ao longo do tempo, situada na Praça das Flores que é uma praça especial, uma praça que tem resistido às mudanças modernas. A sua identidade mostra a tranquilidade discreta, porque não é muito apelativa e camufla se perfeitamente entre o Jardim do Príncipe Real e a Assembleia da República. O que vemos no bairro? Vemos um poço de desilusão com poucas melhorias. Quanto mais visitamos este bairro, mais desapontados saímos, pois à primeira vista, apaixonamos- nos por ele, através da sua praça e agora vemos que não há muita gente que se aperceba da sua essência.
Por outras palavras, a identidade do bairro passa despercebida, porque já ninguém a consegue demarcar e a sua notoriedade já não é tão percetível. Atualmente, não é tarefa fácil fazer sobressair a essência e o significado daquele Bairro. Ao olhar atentamente, percebemos que está a deixar de ser um Bairro típico, porque se foi expandindo e começou a entrar e a fazer parte do conceito de cidade em que por si só, não é muito significativo. Nada podemos fazer a não ser documentar a sua existência através de registos e documentar todos os seus vestígios ainda existentes na realização do filme conjuntamente com o jornal e o livro, entre outras coisas.
O Bairro de São Bento, para mim, é um dos bairros mais típicos e antigos de Lisboa e gostaria que os bairristas tivessem, mais vezes, a perceção do modo de vida da comunidade e a noção de que há muitos bairros que não têm a sua própria praça nem uma fonte com peixes. As pessoas de fora veem isso imediatamente, mas as pessoas que lá moram não se apercebem, muitas vezes, da beleza deste bairro. Acontece com muita frequência não termos consciência daquilo que nos rodeia, por vermos todos os dias as mesmas casas, as mesmas ruas, entre outros, nem damos muita atenção no dia a dia. Por exemplo, eu passo na linha azul até á baixa para ir para a faculdade e só agora e, muito recentemente, me apercebi da beleza da Baixa-Chiado. Se eu pudesse, reuniria todos os bairristas e fazia-lhes perguntas sobre o Bairro e, se pudesse melhorava a vida social de todos os habitantes da zona e aproveitava aquela zona para realizar festivais na Praça da Fonte, festas tradicionais que abordassem a identidade daquele Bairro, entre outros.


Patrícia Quitéria

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