No
Projeto sobre “o Sabor da Laranja” em que a primeira fase consiste em descobrir
e descrever a laranja, mediante a exploração sensorial. Realizei a descrição da
perceção da laranja por intermédio dos meus sentidos. Apliquei o exercício pessoal
de olhar, escutar, tatear, cheirar e saborear, ou seja, a prova de contato com
a laranja e com base nesta prova, criei um texto descritivo.
AO OLHAR, AO
ESCUTAR, AO TATEAR, AO CHEIRAR E SABOREAR
Tapo os
olhos, oiço alguns barulhos desconhecidos e oiço algum a posar sobre a mesa á
minha frente.
Sinto o cheiro de algo natural, e começo a pousar as mãos sobre a mesa procurando sentir algo, por fim, acabei por tocar em qualquer coisa, com textura macia, curvas e concavidades, ainda com mais rigidez externa, ao tocar as minhas mãos que se fecharam diante aquele objeto desconhecido como se fosse pegar uma esfera, então peguei-o depois cheirei.
Sinto o cheiro de algo natural, e começo a pousar as mãos sobre a mesa procurando sentir algo, por fim, acabei por tocar em qualquer coisa, com textura macia, curvas e concavidades, ainda com mais rigidez externa, ao tocar as minhas mãos que se fecharam diante aquele objeto desconhecido como se fosse pegar uma esfera, então peguei-o depois cheirei.
Com aquele cheiro perfumante, que era um cheiro cítrico inconfundível com a sua forma esférica.
Logo percebi que era uma laranja, então abri os olhos e na minha mesa, estava um prato, faca e um guardanapo
Vejo uma
laranja...
Uma esfera
perfeita sem princípio nem fim, toda contínua, e o interior equilibrado e
organizado, sem imperfeições… com o seu brilho da cor laranja cuja palavra é a mesma do
fruto, tem a cor do próprio nome, é única, original, pura e verdadeira.
Vemos que à
volta da laranja há uma casca rugosa e fina que rodeia e protege a laranja
toda.
Não vemos o que está por
dentro porque está escondida pela camada protetora. Na sua pele grossa ao mesmo tempo fina, é fácil de tirar e de arrancar, mas ao mesmo tempo temos de utilizar a nossa força.
Quando
arrancamos a casca, solta-se o som de tique, de arrancar, é suave mas sente-se.
Estou à procura de algo belo que maravilhe a minha alma e eleve o meu espirito com a nova descoberta. Assim como a laranja é macia e terna, sólida e firme, assim gostaria que fosse o mundo, para a Humanidade, seríamos mais felizes. Ao tocar esta camada grossa, sentimos a sua pele grossa, escamada e rugosa ou seja forte. Só com toque sentimos vontade de arrancar e tirar a camada.
Estou à procura de algo belo que maravilhe a minha alma e eleve o meu espirito com a nova descoberta. Assim como a laranja é macia e terna, sólida e firme, assim gostaria que fosse o mundo, para a Humanidade, seríamos mais felizes. Ao tocar esta camada grossa, sentimos a sua pele grossa, escamada e rugosa ou seja forte. Só com toque sentimos vontade de arrancar e tirar a camada.
A sua casca
protege-a como a mãe protege um filho.
Pega-se na
laranja na palma da mão que a acolhe como se fosse protegê-la pois é um fruto inocente
e ingénuo. Nada como o amor pela laranja.
Ao pôr a
laranja na palma da mão, ao observá-la tem uma silhueta perfeita, uma estrutura
firme, saudável, estável, nutritiva e deliciosa.
Ao arrancar a
casca com certa espessura que é branca por dentro e cor-de-laranja por fora e
era tão brilhante que parecia o vidro a brilhar e depois solta-se o cheiro
agradável, penetrante e intenso. Mas ao tirar esta camada protetora, estamos a
desfazer as defesas da laranja, é como se estivéssemos a desvendar um tesouro
escondido á espera de ser descoberto. Depois de tirar a casca, vemos a forma da
sua alma interior, admiramos a beleza da polpa simétrica, pois está divida em
secções como se soubesse que nós a iríamos comer e é estranho e curioso.
Temos mesmo tantas
perguntas que é quase impossível de obter as respostas.
Ao sentir na
laranja nua cheia de veias brancas nas mãos, aperto o fruto e solta se o sumo
saboroso, e retiro um dos gomos fofos, e como-o, não há palavras que consigam
transmitir vos o que eu senti na língua. É muito saborosa e doce, no mais puro
dos sentidos.
Tiramos a
pequena parte frágil da polpa, escorre-se na mão o sumo refrescante trazendo um
cheiro natural.
A laranja é
mágica e com sabor intenso e incorporado, afeta sensitivamente o nosso olfato e
tato e enche-nos de sensações suaves. O sabor é fantástico, satisfaz
maravilhosamente a nossa saciedade. É sensacional e vívido quando sentimos o
sabor da laranja. É nutritiva e faz parte da natureza.
Aquele sabor
vem do natural e é único, pois surge naturalmente e por mais que tentemos é
impossível criar um sabor igual àquele.
É um dos frutos
maravilhosos da Natureza. O sabor é desconhecido, misterioso, muito curiosa
pois nem sabemos como nasceram, a planta e a árvore.
Como surgiram?
É um mistério.
É refrescante e
hidrata-nos. É boa e positiva.
É agradável
para aos sentidos, e quando provamos é ácida e incorporada, há sempre um
momento em que relaxamos e apreciamos o seu sabor e a sua textura, aprendemos
como viver melhor, saborear a vida. Constrói-se com base no nosso tato. Mas
tudo que eu sei e sinto sobre a laranja não passa simplesmente para o universo
de palavras, portanto o melhor é sentir e deixar-nos invadir pela sua
totalidade, porque não há palavras exatas.
É saudável e
apetitosa, ajuda-nos a seguir em frente com mais força, o seu ácido escorre na
nossa língua refrescando-nos e nós saboreamos-lho e sentimo-nos, curiosos e
exploradores. Aguça a nossa curiosidade e o nosso espírito analítico,
sentimo-nos a caminhar para o infinito celestial.
Direciona-nos
no sentido sensacional e excecional, onde vemos um pequeno mundo, dentro do
mundo, faz-nos um convite para realçar o bom e o belo.
A laranja é
algo de belo e inacessível que podemos utilizar e que tem inspirado muitas
empresas.
Utilizando a
textura da laranja para pintar o quarto com um piso escuro e os objetos
decorativos cor de marfim, esquecemos o feio e mau e parece que o Sol está
sempre radiante junto de nós a inspirar-nos e iluminar os nossos atos.
Por fim, esta
experiência, a minha perspetiva sobre laranjas mudou e abri os olhos e comecei
a aprender para saborear melhor e foi apaixonante. Quando se abre os olhos,
abre a mente e fica mais leve e mais aberto e termino o texto da prova de
contacto com um ditado "A beleza está nos olhos de quem a vê".
Sem comentários:
Enviar um comentário