Ao ver esse
filme, foi me difícil perceber de que forma, o conceito da laranja estaria
relacionado com a tarte de mirtilo, que é o elemento principal do filme, pois
foi me proposto o desafio de integrar o conceito da laranja com este filme.
E, foi ainda mais difícil, devido à falta da
presença da laranja. Na realidade, no filme fui percebendo, aos poucos, que não
se trata só da laranja mas sim, das pessoas que dão um valor superior à
existência deste objeto, e, então, percebi que é algo mais do que físico, é
algo de conceptual como um estado de espírito.
E, ao entender o filme, começo a perceber que a tarte
de mirtilo tornou se muito importante entre os dois protagonistas, porque foi o
elo de ligação entre os dois, pois eles partilhavam o mesmo gosto especial pela
tarte de mirtilo.
Foi-lhe, ainda, atribuído um valor à sua própria
existência, o que proporcionou a experiência da vida das duas personagens,
tornando-se então, num “ícone”.
No
filme, uma mulher chamada Lizzie ficou com o coração despedaçado, depois de
descobrir que fora traída, tendo descoberto, através de um garoto do café, o
Jeremy, que lhe contou que viu o seu namorado com outra e os dois foram comer
neste café onde o Jeremy trabalhava.
A Lizzie
ficou revoltada e muito triste, mas continuou a frequentar aquele café, pois
pelo que me parece, a Lizzie gostou do Jeremy por ele ser atencioso,
conversador e boa pessoa. Então, ela continuou a ir àquele café e o Jeremy
ofereceu- lhe a tarte de mirtilo para comer. Ele alegou que tinha pena da tarte,
porque ninguém a queria comer, tendo começado a dar-lhe o valor, que os outros
não davam. Como resultado, a tarte de mirtilo proporcionou- lhe um bem -estar e
o apreciar do sabor.
Tal
como a Lizzie, o Jeremy também tinha o coração partido, por gostar de uma
rapariga russa, e após o sucedido, ele continuou no mesmo sítio pois, e citando
a mãe dele que o levava ao parque:” Se te perderes, fica, sempre no mesmo sítio
para a mãe te encontrar”.
A Lizzie
começa a gostar muito de comer a tarte de mirtilo, pois, para além de a fazer sentir-se
melhor depois de a comer, adormece e começa a sonhar com tarte de mirtilo, que
dá lhe o gosto de apreciar.
Ela embarca numa viagem através da América, a
partir da Nova Iorque à procura da aventura e do amor verdadeiro.
Pelo
caminho, começa trabalhar num café de dia e num bar á noite. Depois, começou
trabalhar num casino e ao longo deste tempo, encontra-se com novas personagens,
que têm na história um enigma para lhe contar, que é triste e trágico. Toda a
história é construída à volta da viagem da empregada.
O filme
tocou a minha sensibilidade, porque me fez ver que há pessoas que sofrem, por
causa da traição, do amor não correspondido e aquelas pessoas que sofrem e que
querem tentar recomeçar uma vida nova, começando por se focar noutros objetivos, noutras metas, por
exemplo, concentrar a sua atenção num só objetivo e evoluir com base nele.
Uma frase
deste filme que me intrigou foi “Se concentrares a tua atenção noutra coisa,
podes curar o teu vício”, dito pela personagem Beth e ela admitiu que se ela
fosse uma viciada, provavelmente, o seu vício seria tarte de mirtilo.
Este
filme propõe muitos enigmas interessantes, pois mostra que há sofrimento
envolvido e, isso afetou- me e deixou-me bastante triste. Ver este filme
proporcionou-me muitas sensações, vivendo muitas emoções.
Gostei do fim do
filme, porque no final, as duas personagens encontram-se novamente e neste
reencontro, ambos comem a tarte de mirtilo e convivem.
E a Lizzie, como já
dito, anteriormente, depois de comer a tarte, adormecia sempre com a boca suja
da tarte e tinha sonhos deliciosos com a tarte de mirtilo. No fim, o Jeremy, ao
observa-la impressionado, rouba-lhe um beijo apaixonante, um beijo romântico
com tarte de mirtilo, com romance pelo meio.
A
laranja pode ser vista, por muitas perspetivas, princípios, opiniões e
diferentes crenças, mas depende de como o “eu”, o sujeito vê a própria laranja,
pois pode ser diferente para si se olhar para ela com a experiência pretendida:
objeto redondo, importante de olhar ou ver à sua maneira, especial e única para
ter o seu próprio conceito do objeto. Este conceito, pode ser visto, como se
fossemos “pintar um quadro” porque, estamos a olhar para um objeto, que existe
na realidade, mas que, a maneira de o ver, depende muito do estado de espírito e
emocional de cada um.
Interpretamos
o que vemos, “pintamos” o que vemos com os nossos olhos, nossas ideias, crenças
e opiniões. Um conceito é como um quadro: representativo, mas ao mesmo tempo,
abstrato, porque não se toca e não é físico. Em conclusão, o conceito só existe
mentalmente e intelectualmente.
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