O metro faz parte da minha rotina diária desde 9ºano, vivo na Linha Azul e quando vou para a escola ou outro sítio, estou sempre atravessar metade da linha e sempre passei na estação das Laranjeiras.
A
primeira vez que aprendi a andar de metro foi quando andava na primária e o meu
irmão mais velho vinha me buscar no metro das Laranjeiras, pois é onde ficava a
minha escola que se chama escola básica das Laranjeiras.
É engraçado porque
agora estou crescida e estou na faculdade no curso de Design de Comunicação e a
tema é sobre tudo que tenha a ver com Laranja e eu andei na primária das
Laranjeiras que faz parte do tema, é mesmo engraçado.
E foi a
partir daí que pus os pés, no metro pela primeira vez foi na estação das
Laranjeiras. Ia sempre com meu irmão e ficava sempre a observar os azulejos que
continham as fotografias da Laranja e davam me sempre muita sede.
Pois, visto
que a cor é absorvida pelo ser humano através do sentido da visão.
A visão faz
parte dos 5 sentidos, o que mais rapidamente conduz a informação até ao cérebro
logo desta forma, os olhos são os sensores e o cérebro é o processador.
Por isso a cor da Laranja estimula o apetite, influencia nos na parte do cérebro criando um sistema de recompensa, quer responder pelo prazer e necessidade de repetição quer da experiência prazerosa.
Por isso a cor da Laranja estimula o apetite, influencia nos na parte do cérebro criando um sistema de recompensa, quer responder pelo prazer e necessidade de repetição quer da experiência prazerosa.
Quando
chegava a casa, comia sempre as laranjas pequenas com cascas secas, que são
fáceis de tirar e eram sempre muito doces e trazem-me uma boa recordação.
Um dia
destes, ao regressar de faculdade, sentada no metro pensativa, a pensar sobre a
Laranja e, de repente ouvi uma voz a informar que estávamos a chegar à estação
das Laranjeiras e fez-se luz na minha cabeça, fiquei ansiosa de escrever sobre
esta estação então saí e fui tirar fotografias.
Depois fui investigar a história da estação referida.
A estação de metro das Laranjeiras, (Linha Azul) situa se na Estrada da Luz na Rua Xavier de Araújo de Lisboa, com freguesia São Domingos de Benfica e fica entre as estações Alto dos Moinhos e Jardim Zoológico da linha azul.
Foi
aberta ao público a 14 de Outubro de 1988 depois de ser construída
na zona de Benfica.
Neste
mesmo dia, teve lugar a inauguração do prolongamento que fez ligação com Sete
Rios e Colégio Militar/Luz com três novas estações, as Laranjeiras, Alto dos
moinhos, assinada por Júlio Pomar, e Colégio Militar/Luz na qual interveio
Manuel Cargaleiro. Também abriu ao público a estação da Cidade Universitária,
com intervenções artísticas da autoria de Vieira da Silva, e inserida no
prolongamento que ligou Entre Campos ao Campo Grande.
Estas
novas 4 estações foram as primeiras a ser construídas de raíz com um cais, com
105 metros de extensão e obedeciam também a uma filosofia que levava as
intervenções plásticas até ao seu cais. A rede aumentou assim 3,8 quilómetros.
Por curiosidade,
a ideia do metro surgiu desde 1888 como um sistema de caminhos-de-ferro
subterrâneo, na cidade de Lisboa, à semelhança das que já existiam em Londres e
Paris e essa ideia foi do engenheiro militar Henrique de Lima e Cunha, que
criou o projeto de uma rede com várias linhas que poderia servir a capital
portuguesa e que publicou na Revista Obras Públicas e Minas.
Mais
tarde, no século 20, Lanoel d´Aussenac e Abel Coelho em 1923 e José Manteca
Roger e Juan Luque Argenti em 1924 apresentaram projetos para um sistema metropolitano
em Lisboa, mas foram rejeitados.
Depois da Segunda Guerra
Mundial, com a retoma da economia nacional e a ajuda financeira do Plano
Marshall, conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Europeia, foi o
principal plano dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa,
contribuíram fortemente o início da construção do metro e fundou-se uma
sociedade em 1948 tendo como objetivo o estudo da viabilidade técnica e
económica de um sistema de transporte público subterrâneo na capital.
Os trabalhos de construção
iniciaram-se em 7 de agosto de 1955 e, 4 anos depois, em 29 de Dezembro de
1959, o novo sistema de transporte foi inaugurado.
Retomando
da estação Laranjeiras, o seu projeto arquitetónico foi da autoria do arquiteto
António J. Mendes com intervenções plásticas do pintor Rolando Sá Nogueira, no
que diz respeito ao revestimento azulejar, com a colaboração do escultor
Fernando Conduto.
O
tratamento plástico desta estação integra se na trajetória criadora em que
passou a determinada altura a recorrer à fotografia, enquanto método possível
de obter uma representação hiper-realista.
Na arte
dos espaços públicos é costume os artistas atenderem às especificidades dos
locais para daí extraírem os temas para elaborarem os seus trabalhos. Neste
caso, houve uma interpretação literal do nome da estação, ou seja, o artista
prestou atenção às especificidades das Laranjeiras, que é o nome que a
toponímia conservou a herança do local, onde continha a estação que era a área
de quintas de recreio, com jardins, árvores de fruto e pomares.
Para
elaborar a temática decorativa, interpretou literalmente o nome da estação, na
medida em que surgem composições de laranjas e folhas de laranjeiras reproduzidas
nos azulejos de revestimento portanto o Sá Nogueira realizou este trabalho na
Fábrica de Cerâmica Rugo, onde recorreu ao processo serigráfico para conseguir
a transcrição de fotografia que é a técnica habitualmente utilizada na produção
industrial.
Em
geral, Laranjeiras é um bairro de Lisboa que pertence à freguesia de São
Domingos de Benfica e sobre a origem desta freguesia, ninguém tem certeza,
porque se atribuem várias teorias, pois a história da formação desta freguesia
é mais antiga, mas dizem que já existia no século XIII e consideram que já fora
uma freguesia rural, embora com poucas pessoas, que ali viviam e que era de
secundária importância económico-social para Lisboa. São Domingos de Benfica
tem as suas origens ligadas a uma lenda.
O rei D.
João I doou à ordem religiosa dos dominicanos, a pedido do doutor João das
Regras, os terrenos onde em tempos se erguera um palácio conhecido por Paço de
Benfica, morada de Verão de todos os soberanos, desde D.Dinis,
Segundo
a lenda, o rei ao visitar o local, destacou e elogiou a sua beleza natural
afirmando: “ Aqui bem-fica o convento”.
A antiga povoação de Benfica era
um dos locais mais bonitos merecendo assim esta denominação não só pela sua
privilegiada situação como pela abundância de água e arvoredo que a tornavam
num dos mais deliciosos e poéticos lugares do Termo de Lisboa.
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