sexta-feira, 17 de abril de 2015

“WILD”-JEAN-MARC VALÉE



“WILD”-JEAN-MARC VALÉE

“LIVRE”

O filme é o retrato de uma longa caminhada pela mudança interior e inspira-se numa história verídica que é baseada no livro ”Livre- A Jornada de uma Mulher Em Busca do Recomeço de Cheryl Strayed”.
Este livro conta a história da vida de Cheryl Strayed, especialmente das suas memórias. O filme é do género drama e biográfico e também das narrativas femininas que mistura os casamentos fracassados, aventura e auto descoberta.

Conheci este filme por causa da atriz principal Reese Witherspoon, que é a minha favorita desde pequena e sempre vi os filmes dela que eram habitualmente de comédia. Esta é a primeira vez que vejo uma atriz comediante a fazer um filme de drama e saiu- se muito bem, porque ganhou um prémio de “Melhor Atriz de Drama” e o filme recebeu muito boas críticas à performance física e mental desta atriz mas não só, fiquei a conhecer também a Cherly Strayed, que é uma escritora que escreveu este livro contando as memórias que a levaram a fazer a caminhada de três meses.

Cherly Strayed






O filme é impressionante e muito forte focando-se na pessoa interior de Cherly Strayed. Ela decide fazer uma caminhada como uma forma de reconciliação com seu inteiror e encontra o recomeço e as memórias tristes do passado. Teve taambém um casamento falhado que ela própria desfez levando-a a fazer uma caminhada de mais de mil milhas ao longo da Pacific Crest Trail, desde o Deserto de Mojave através da Califórnia e Oregon até o estado de Washington. O filme relata a perda da mãe, que morreu de cancro no pulmão aos 45 anos afetando-a. Aos 22 anos estudou e trabalhou como empregada de mesa, e tomou um caminho autodestrutivo. Quatro anos depois, viciada em drogas pesadas, envolveu-se com todos os homens que apareciam. Cheryl divorciou-se e adotou um novo sobrenome, porque não queria continuar com o do marido nem podia seguir com o que carregava desde o nascimento. A palavra que lhe veio à mente foi strayed, cujos inúmeros significados -- "desviar-se do caminho certo, afastar-se da rota direta, perder-se, ficar louco, não ter pai nem mãe, não ter casa" -- ela sentiu que a definia naquele momento. À deriva, Cheryl percebeu que era hora de recomeçar. E daí a começar a longa caminhada. 



O filme conta e mostra todo o percurso que Cheryl pecorreu, mostra todos os pensamentos interiores durante a caminhada e à medida que vai caminhando, conta episódios sobre a sua vida.


 Acho impressionante a forma como o filme conta a história dela através de uma caminhada, mas também a faz como uma caminhada para os outros, os leitores, para conhecermos melhor a Cheryl e é por esta razão, que adorei este filme. Sem esquecer, durante toda a caminhada, ela faz as pausas e cada paragem tem a caixa que contém sempre uma carta escrita pelo ex-marido que continua a ser amigo dela.

Mapa da Caminhada


Ela iniciou a caminhada em 1995 com apenas 26 anos e durante toda a caminhada, que durou três meses, ela atravessou desertos, montanhas e gelo enquanto tentava lidar com a morte prematura da mãe e as consequências dessa perda. Cheryl  viciou-se em heroína e traiu o marido, até destruir o casamento. 



O relato sincero da autora comoveu os leitores, porque o livro é muito profundo.





O livro é emocional, trágico e conta uma história de superação e inspirou até alguns leitores a fazer a mesma caminhada de Cherly, publicando-a nos seus blogues e agradecendo a sua inspiração.
Concluindo, adorei este filme que me comoveu até às lágrimas e, por isso vos recomendo a vê-lo, porque vale a pena.







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