“WILD”-JEAN-MARC VALÉE
“LIVRE”
O filme é o retrato de uma longa caminhada pela mudança
interior e inspira-se numa história verídica que é baseada no livro ”Livre- A Jornada de uma Mulher Em Busca do
Recomeço de Cheryl Strayed”.
Este livro conta a história da vida de Cheryl Strayed,
especialmente das suas memórias. O filme é do género drama e biográfico e
também das narrativas femininas que mistura os casamentos fracassados, aventura
e auto descoberta.
Conheci este filme por causa da atriz principal Reese
Witherspoon, que é a minha favorita desde pequena e sempre vi os filmes dela
que eram habitualmente de comédia. Esta é a primeira vez que vejo uma atriz
comediante a fazer um filme de drama e saiu- se muito bem, porque ganhou um
prémio de “Melhor Atriz de Drama” e o filme recebeu muito boas críticas à
performance física e mental desta atriz mas não só, fiquei a conhecer também a
Cherly Strayed, que é uma escritora que escreveu este livro contando as memórias
que a levaram a fazer a caminhada de três meses.
Cherly Strayed |
O filme é impressionante e muito forte focando-se na pessoa
interior de Cherly Strayed. Ela decide fazer uma caminhada como uma forma de
reconciliação com seu inteiror e encontra o recomeço e as memórias tristes do
passado. Teve taambém um casamento falhado que ela própria desfez levando-a a
fazer uma caminhada de mais de mil milhas ao longo da Pacific Crest Trail, desde o Deserto de Mojave através da Califórnia e Oregon até o estado de Washington.
O filme relata a perda da mãe, que morreu de cancro no pulmão aos 45 anos
afetando-a. Aos 22 anos estudou e trabalhou como empregada de mesa, e tomou um
caminho autodestrutivo. Quatro anos depois, viciada em drogas pesadas,
envolveu-se com todos os homens que apareciam. Cheryl divorciou-se e adotou um
novo sobrenome, porque não queria continuar com o do marido nem podia seguir
com o que carregava desde o nascimento. A palavra que lhe veio à mente foi strayed, cujos inúmeros
significados -- "desviar-se do caminho certo, afastar-se da rota direta,
perder-se, ficar louco, não ter pai nem mãe, não ter casa" -- ela sentiu
que a definia naquele momento. À deriva, Cheryl percebeu que era hora de
recomeçar. E daí a começar a longa caminhada.
O filme conta e mostra todo o percurso que Cheryl pecorreu,
mostra todos os pensamentos interiores durante a caminhada e à medida que vai
caminhando, conta episódios sobre a sua vida.
Acho impressionante a forma como
o filme conta a história dela através de uma caminhada, mas também a faz como
uma caminhada para os outros, os leitores, para conhecermos melhor a Cheryl e é
por esta razão, que adorei este filme. Sem esquecer, durante toda a caminhada,
ela faz as pausas e cada paragem tem a caixa que contém sempre uma carta
escrita pelo ex-marido que continua a ser amigo dela.
Mapa da Caminhada |
Ela iniciou a caminhada em 1995 com apenas 26 anos e durante
toda a caminhada, que durou três meses, ela atravessou desertos, montanhas e
gelo enquanto tentava lidar com a morte prematura da mãe e as consequências
dessa perda. Cheryl viciou-se em heroína
e traiu o marido, até destruir o casamento.
O relato sincero da autora comoveu os leitores, porque o
livro é muito profundo.
O livro é emocional, trágico e conta uma história de
superação e inspirou até alguns leitores a fazer a mesma caminhada de Cherly, publicando-a
nos seus blogues e agradecendo a sua inspiração.
Concluindo, adorei este filme que me comoveu até às lágrimas
e, por isso vos recomendo a vê-lo, porque vale a pena.
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