JAPÃO A CRU
Boro: O TECIDO DA VIDA || PURAS
FORMAS
Dos Farrapos ao Alumínio
|| MUDE
Esta
exposição expõe e mostra a cultura japonesa. Faz me sentir como se estivesse em
terras japonesas ao visitar o primeiro piso do MUDE (Museu do Design e da Moda)
e sinto que estou a respirar uma rajada da cultura e tradição japonesa na sua
originalidade.
Japão
a cru junta duas exposições que são “Boro: O tecido da vida” e “Puras Formas” em
simultâneo sobre o design, materiais e técnicas nipónicos tanto como o
vestuário como em utensílios de cozinha e mobiliário que representam o design
nipónico.
Ao
ver as peças que expõem a simplicidade e a técnica que os japoneses utilizavam
dando um produto único. Expõem as questões atuais como a preservação dos recursos
materiais, o respeito pela natureza, a reutilização ou transformação dos
materiais e a duração de vida de cada produto, segundo fonte de MUDE.
É
admirável que o respeito que a sociedade japonesa dava aos seus recursos e o
objetivo destas exposições era mesmo por consciencializar as pessoas da
reciclagem dos recursos.
A
exposição “Boro: O Tecido da Vida” (Fabric of Life) consiste num conjunto de 54
peças: quimonos, bolsas, tatamis) feitas e elaboradas através de método “Boro”
que significa farrapos, ou seja, que se traduz no processo de juntar as peças
gastas através das costuras simples e significa, cerzir
que é coser sem deixar sinal de costura em tecidos diferentes, tingindo,
posteriormente, as peças têxteis em índigo que é a substância de cor azul,
usada como corante que se obtém através de algumas plantas da China.
O
processo de “Boro” é visível nas roupas desta exposição que continham tecidos
resistentes e funcionais, que tapavam grande parte da população japonesa.
Esta
técnica foi uma técnica corrente, ou seja, de tendência no Japão deste o final
do século XX que acabou por se espalhar por todo o Japão.
Há
200 anos atrás, os japoneses não tinham como comprar algodão porque este se
destinava a classes mais abastadas e tinham de tecer a partir de plantas como o
cânhamo, o rami, a amoreira de papel, glicínia e urtiga que eram uma junção de
tecidos já danificados e feitas por método de boro.
Portanto, os camponeses compravam retalhos e roupas usadas transformavam-nas em peças únicas japonesas a fim de obter têxteis mais resistentes e estas peças mostram e expõem o estilo de vida e ética dos japoneses que propõem uma visão em que algo simples, prático, funcional e necessário pode ser transformada em belo e ser uma fonte de inspiração para muitos designers.
Portanto, os camponeses compravam retalhos e roupas usadas transformavam-nas em peças únicas japonesas a fim de obter têxteis mais resistentes e estas peças mostram e expõem o estilo de vida e ética dos japoneses que propõem uma visão em que algo simples, prático, funcional e necessário pode ser transformada em belo e ser uma fonte de inspiração para muitos designers.
Naquela época, as técnicas e os tecidos
eram úteis e pratica-se ainda hoje em dia, são uma obra de arte por respeitar a
reciclagem de tecidos já usados.
A
maravilha da exposição é juntar a maravilhosa beleza com a utilidade da prática
através das peças que nos levam a um Japão ligado á Natureza.
A exposição “Puras Formas”(Naked Shapes)
agrupa 200 peças de alumínio únicas, que são belas e simples, destinadas à
cozinha como eletrodomésticos e mobiliário e brinquedos, também em alumínio,
fabricados no Japão entre 1910 e 1960. O alumínio foi considerado o material
moderno que permitia criar muitas coisas atuais por causa da sua durabilidade e
facilidade de transformação.
As peças de alumínio que eram úteis naquele
tempo e agora fazem parte de design japonês.
A exposição contém
desde utensílios de cozinha, mobiliário ou brinquedos, cujo material dominante
é o alumínio que foi produzido durante a Guerra Mundial II (todos produzidos
por autores anónimos).
Estas duas
exposições juntas mostraram que a dedicação e a prática da população japonesa
levaram a que hoje em dia certas peças fossem consideradas artísticas.
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